Costumo dizer que a Medicina é uma oportunidade ímpar de combinar dois interesses que sempre cultivei: o desejo de ajudar as pessoas e o entusiasmo pelo conhecimento científico. Desde criança, estimulado por minha mãe, debruçava-me sobre revistas de ciências e grandes enciclopédias. 

Fiz a graduação na Faculdade de Medicina de Campos. Em seguida, especializei-me em neurocirurgia pela UFF. Mas minha formação não parou por aí: especializei-me também em cirurgia oncológica no INCA – Instituto Nacional do Câncer, em cirurgia de epilepsia pela Universidade McGill, no Canadá e em cirurgia de Parkinson e dor pela USP. 

Em certo momento da minha carreira, percebi que saber medicina não basta para atuar com excelência nesta área. É preciso contemplar, também, fatores que escapam ao conhecimento técnico, como empatia, ética e a certeza de que, através de nossa profissão, temos uma missão a cumprir. 

Aliás, essa rede de relações que nos constitui como médicos – e que, assim como a cadeia neuronal, une conexões lógicas, afetos e memórias – se estende para além de minha rotina como neurocirurgião: atuo como voluntário no Projeto Médico Completo (em associação com o Centro Cultural Boa Viagem) e no Seminário de Cultura Clássica. 

Além disso, expando minha percepção através do piano, da literatura e do esporte. E, com alegria, trabalho como professor na Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense, um grande sonho que realizei após defender minha tese de doutorado. Neste contexto acadêmico, a ciência – em seu caráter de investigação, pesquisa e inovação – se une aos valores nos quais acredito, possibilitando-me contribuir na formação de profissionais competentes e humanos.